sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Você sabe mesmo quanto vale a roupa que você compra?

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Li no site Catraca Livre que a jornalista Nicolette Mason, da revista ‘Marie Claire’ acusou a grife Yves Saint Laurent de copiar um modelo de vestido da Forever 21. Isso é bem comum na moda, principalmente em itens que são “tendência”. Uma marca faz, a outra segue e produz algo igual ou parecido e assim vai. Mas esse caso não seria tão grave se não fosse por um detalhe:
Enquanto o modelo da Forever 21 é vendido por US$ 23 (R$ 88), o da YSL  está custando US$ 3490 (R$ 13.400), ou seja, mais de 150 vezes o preço da peça original!!!
A imagem acima foi publicada no twitter da jornalista, para a nossa comparação. Assim, de longe, a gente vê que o modelo é um pouco diferente, mas ainda assim se parecem bastante, né? Mas então… porque um é tão mais caro (lembrando: mais de 150 vezes!!!) que o outro?
Só o fato de ter uma etiqueta de marca não é o suficiente para te fazer pagar tão caro por um item, ou pelo menos não deveria ser, principalmente em tempos de crise e quando se fala tanto em consumo consciente.
Quando vou às compras com as minhas clientes da consultoria de estilo, eu ensino elas a avaliar a qualidade das peças que ela vai comprar e a pensar no custo x benefício de cada item que ela tem no armário e de cada um que ela vai adquirir na vida.
Quando pagamos caro por uma peça, esperamos dela:

* BOM ACABAMENTO:

Costuras no lugar, avesso “limpo”, botões bonitos e bem pregados, listras e estampas que “casam”, bolsos reforçados, costuras retinhas e rebatidas (sem o overlock aparecendo), etc. Peças de marcas mais caras são feitas em menos quantidade, o que garante melhor qualidade em comparação com peças produzidas em série.

* TECIDO DE BOA QUALIDADE:

Normalmente, o que diferencia uma peça cara de uma peça barata é o material de que ela é feita. Então, se o tecido é mais nobre (como seda, cetim, linho, etc) e/ou tem mais algodão na composição, é mais caro e, consequentemente, a peça fica mais cara. Tecidos sintéticos (como o poliéster) são mais baratos e, consequentemente, a peça fica mais barata.

* EXCLUSIVIDADE:

É muito mais fácil as pessoas repararem quando você repete uma peça estampada que quando você repete uma peça lisa. Então, se você gosta de exclusividade, evite comprar peças estampadas em lojas de departamento, por exemplo, porque o risco que você corre de encontrar muitas pessoas na rua com uma roupa igual à sua é bem grande. Quem tem R$13.400 para pagar num vestido não vai querer ver ninguém vestindo uma peça igual em algum evento, né? E vai ser muito pior se a outra mulher estiver vestindo um modelito igual que custou apenas R$88 (se isso é importante para a pessoa).

CUSTO X BENEFÍCIO:

Quando você compra uma peça de um tecido de qualidade inferior, sabe que ela vai dar bolinha, vai “esgarçar” ou desbotar com o tempo, que os botões podem cair, ou que a peça vai acabar mais rápido. Se a intenção for usar a roupa 2 ou 3 vezes (como aquele item que é tendência e que você não vai usar nunca mais na vida depois que sair de moda), você pode pagar mais barato por ela. Se a ideia é usar a peça “a vida inteira”, o ideal é que ela seja de um tecido melhor, para que ela realmente dure. Pagar caro por um produto que não vai durar, definitivamente não é uma coisa muito inteligente de se fazer.
Esses são os itens que você deve avaliar nas peças que compra, independentemente do preço que paga por ela. Se ela for cara e você estiver disposta a pagar o preço, exija que ela valha quanto custa! Valorize seu dinheiro!

Texto meu, publicado originalmente no Superela, aqui!

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